Alimentação

 

Você sabe que amamentar é fundamental para a saúde do seu filho. Veja alguns benefícios que esse ato pode trazer para o bebê e para você.
1. O leite materno é o alimento mais completo e equilibrado, pois atende a todas as necessidades de nutrientes e sais minerais da criança até os 6 meses de idade;

2. Fácil de ser digerido, provoca menos cólicas nos bebês;

3. Colabora para a formação do sistema imunológico da criança, previne alergias, obesidade, intolerância ao glúten;

4. Contém uma molécula chamada PSTI é responsável para proteger e reparar o intestino delicado dos recém-nascidos;

5. O momento da amamentação aumenta o vínculo entre mãe e filho e colabora para que a criança se relacione melhor com outras pessoas;

6. Previne a anemia;

7. A sucção ajuda no desenvolvimento da arcada dentária do bebê;

8. Amamentar por mais de 6 meses faz bem à saúde mental da infância à adolescência, segundo estudo coordenado pela Universidade do Oeste da Austrália. Segundo os pesquisadores, substâncias presentes no leite (como a leptina) ajudam a combater o estresse. O contato e o vínculo entre mãe e filho promovido pelo aleitamento também têm um efeito positivo no desenvolvimento psicológico da criança.
9. Quando o ômega 3 está presente no leite materno, o que varia de mulher para mulher de acordo com sua alimentação, ele ajuda no desenvolvimento e crescimento dos prematuros nos primeiros meses de vida;

10. Ajuda no desprendimento da placenta, contribuindo para a volta do útero ao tamanho normal. Com isso, também evita o sangramento excessivo e, consequentemente, que a mãe sofra de anemia;

11. Protege a mãe contra o câncer de mama e de ovário;

12. Estudo publicado na American Journal of Obstetrics revela que a amamentação reduz o risco de a mulher desenvolver síndrome metabólica (doenças cardíacas e diabetes) após a gravidez, inclusive para aquela que teve diabetes gestacional;

13. A amamentação dá às mães as sensações de bem-estar, de realização, e também ajuda a emagrecer, pois consome até 800 calorias por dia (mas dá uma fome…);

14. É de graça, natural, prático, e não desperdiça recursos naturais;

15. Está sempre pronto para ser transportado e ingerido (não precisa nem aquecer).

16. Pode ajudar seu filho a ter melhor desempenho nos estudos e aumentar a chance de ele frequentar uma faculdade, segundo uma pesquisa norte-americana. Eles analisaram o desempenho escolar de 126 irmãos de 59 famílias. O resultado sugeriu que aquele que recebeu um mês a mais de leite materno apresentou aumento de 0,019 pontos na média de pontuação no ensino médio e aumento de 0,014 na probabilidade de cursar o ensino superior.

17. Protege a mãe contra doenças cardiovasculares, segundo estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Para a pesquisa, foram analisadas 140 mil mulheres no período pós-menopausa, ou seja, com média de 63 anos, e o resultado mostrou que aquelas que amamentaram por mais de um ano tiveram 10% menos risco de sofrer com essas doenças, se comparado com aquelas que nunca amamentaram.

FÓRMULAS INFANTIS

No caso de mães que obrigatoriamente devem retornar ao trabalho precocemente, com grandes intervalos de ausência junto ao seu filho e com dificuldades na obtenção de leite materno por ordenha, deve-se utilizar fórmulas infantis. É recomendado utilizar antes do 6º mês fórmula infantil de partida – 1º semestre – e a partir do 6º mês, fórmula infantil de seguimento – 2º semestre. As fórmulas infantis devem ter gordura, carboidratos, proteínas, minerais, oligoelementos (vitaminas e microminerais), outros nutrientes e componentes como nucleotídeos, prebióticos, e LC-PUFAS.

Alimentação do bebê aos 6 meses

Aos 6 meses pode-se acrescentar na dieta legumes, frutas e papa de cereais, sempre com a consistência de purês.

Estes alimentos não podem ser dados ao bebê todos ao mesmo tempo, têm de ser dados ao bebê um de cada vez com 3 dias de intervalo para reconhecer e poder associar alguma reação alérgica que possa surgir. Além disso, esses 3 dias também ajudam o bebê a adaptar-se ao sabor e textura dos novos alimentos.

  1. Sopas ou purês de legumes – as sopas ou purês de legumes devem ser o primeiro alimento sólido a dar aos bebês porque são ricos em vitaminas, minerais e fibras que são essenciais para o correto desenvolvimento do bebê. Os legumes que podem ser dados aos bebês são abóbora, batata, cenoura, batata-doce, abobrinha, couve-flor, chuchu, alface, repolho, cebola ou alho francês, por exemplo. Depois da sopa ou purê estarem prontos pode-se adicionar 1 colher de chá de azeite .
  2. Purês de frutas – as frutas devem ser dadas ao bebê na forma de purê podendo ser cozidas antes mas sempre sem adicionar açúcar. Algumas frutas boas para o bebê são maçã, pera, banana, papaia ou manga, por exemplo. Sugerimos evitar kiwi e morango.
  3. Papa de cereal– Pode ser feita com um desses cereais: arroz, fubá, aveia, milho, cevada ou centeio. Diluir 1 colher de sopa em 200 ml de água e deixar de molho por 30 a 60 minutos. Cozinhar em fogo brando e adoçar com fruta ou salgar um pouco. Caso prefira um cereal pronto, este também pode ser utilizado, desde que seja indicado para bebês seguindo as recomendações da OMS.
    É natural que nas primeiras refeições de sólidos o bebê coma muito pouca quantidade pois ainda está desenvolvendo a capacidade de engolir os alimentos e está habitando-se a novos sabores e texturas, por isso geralmente é necessário complementar a refeição com leite materno ou mamadeira. Não force o seu bebê a comer uma determinada quantidade ofereça os alimentos até ele não querer mais.

Rotina alimentar do bebê aos 6 meses

Um exemplo da rotina alimentar de um bebê com 6 meses durante um dia pode ser:

  • Café da manhã (7h00) – Leite materno ou mamadeira com Fórmula adequada
  • Colação (10h00) – Suco de frutas
  • Almoço (12h00) – Purê de legumes com batata-doce, abóbora, beterraba, brócolis, couve-flor, abobrinha, mandioquinha ou outra hortaliça.
  • Lanche (15h00) – Purê de frutas com banana e maçã. Leite materno ou mamadeira com Fórmula adequada se criança ainda com apetite.
  • Jantar (18h30) – Pode-se oferecer uma papa de cereal ou Leite materno ou mamadeira com Fórmula adequada.
  • Ceia (21h00) – Leite materno ou mamadeira com Fórmula adequada

Os purês e papa de cereal devem ser dados ao bebê com colher preferencialmente de silicone ou plástico, evitando sempre dar na mamadeira, pois o bebê tem que aprender a sentir a textura e a engolir os alimentos.

Alimentação do bebê aos 7-8 meses

  • Dar papinha de carne moída ou desfiada, cereais e legumes amassados em vez de sopas batidas no liquidificador;
  • A sobremesa deve ser fruta ou compota de fruta;
  • Oferecer alimentos sólidos para o bebê treinar a mastigação e deixar que ele pegue com a mão, como banana descascada, pedações de maçã ou pêra, lascas de carne ou cenoura, aspargos, feijão, peixe sem espinha.
  • Começar a treinar o uso de copinho e da caneca;
  • Após a refeição, oferecer pão ou biscoito para o bebê morder;
  • A ingestão de 700 ml de leite por dia;
  • Cozinhar bem a carne para evitar os parasitas que podem permanecer no intestino do bebê;
  • Não alimentar o bebê nos intervalos porque ele comeu pouco para que ele possa comer bem na próxima refeição;
  • Guardar as frutas e vegetais cozidos na geladeira no máximo até 48 horas e a carne não mais que 24 horas;
  • Temperar as refeições com sal, cebola e tomate, e ervas finas;
  • Evitar o uso de óleo na preparação das refeições

Introdução da gema de ovo – Pode-se dar a gema do ovo em substituição da carne no purê de legumes. Começa por se cozer o ovo e depois partir a gema em quatro partes e adiciona-se na papa um quarto da gema na primeira vez, depois se aumenta para metade na segunda vez e só depois se coloca a gema completa. A clara do ovo não deverá ser introduzida até o primeiro ano completo do bebê, pois tem um grande potencial de produzir alergia devido à sua composição.

Nesta fase da vida, o bebê deverá receber 4 ou 5 refeições por dia, dependendo do volume que a criança come, já que refeições mais volumosas implicam num intervalo maior entre elas.

Preparo do almoço:

  • 1 ou 2 colheres (de sopa) de carne de vaca ou de galinha moída ou cozida
  • 2 ou 3 colheres (de sopa) de purê de um legume à escolha entre cenoura, chuchu, abóbora, nabo,quiabo ou espinafre
  • 2 colheres (de sopa) de purê de feijão ou de ervilha
  • 2 ou 3 colheres (de sopa) de arroz,  aveia, tapioca ou sagu
  • 2 ou 3 colheres (de sopa) de purê de batata-doce ou inglesa

A sopa clássica do jantar pode ser substituída pelo caldo de carne (150 a 220g) ou 1 gema cozida, 1 colher de sobremesa de algum cereal e 1 ou 2 colheres de sopa de purê de legumes.

Dieta do bebê com 7-8 meses

Exemplo do dieta alimentar com 4 refeições do bebê com 7 meses:

  • 6:00 (manhã) – Leite materno ou mamadeira com Fórmula adequada
  • 09:00 (manhã)- Suco de fruta
  • 12:00 (tarde) – Almoço e sobremesa
  • 15:00 (tarde) – Fruta + Leite materno ou mamadeira com Fórmula adequada
  • 19:00 (noite) – Jantar e sobremesa

​​Exemplo do dia alimentar com 5 refeições do bebê com 7 meses:

  • 6:00 (manhã) – Leite materno ou mamadeira com Fórmula adequada
  • 09:00 (manhã) – Suco de fruta
  • 12:00 (tarde) – Almoço
  • 15:00 (tarde) – Papa de cereal ou Fruta cozida
  • 19:00 (noite) – Sopa e sobremesa
  • 23:00 (noite) – Leite materno ou mamadeira com Fórmula adequada

Rotina do bebê com 7-8 meses

Deve existir uma rotina de horários para que o bebê comece a se integrar na rotina da casa. Porém, apesar disso, os horários das refeições devem ser flexíveis, respeitando o sono do bebê e possíveis alterações na rotina, como nas viagens, por exemplo.

Dieta do bebê com 9-12 meses

Na alimentação do bebê pode-se adicionar aos 9 meses peixe, aos 10 meses arroz e massa, aos 11 meses leguminosas como feijão ou ervilha, por exemplo e a partir dos 12 meses pode oferecer-se ao bebê clara de ovo.

Algumas dicas práticas para utilizar os novos alimentos, podem ser:

  • Peixe (9 meses) – inicialmente, o peixe deve se introduzido na sopa de legumes e gradualmente deve ser integrado no prato em pedaços ligeiramente menos triturados. A quantidade de peixe por refeição nunca será superior a 25 g por dia, e deve ser consumida em uma das refeições principais, mantendo a carne na outra refeição. Peixes sugeridos: Salmão, atum, sardinha, pescada e linguado.
  • Arroz e massa (10 meses) – arroz em bago e a massinha como estrelinhas e letras, por exemplo podem ser adicionadas no purê de legumes em pequena quantidade e muito bem cozidos.
  • Ervilha, feijão ou grão (11 meses) – podem ser misturada no purê de legumes em pequenas quantidades, bem cozidas e trituradas ou fazer-se apenas purê de ervilhas, por exemplo.
  • Clara de ovo (12 meses) – o ovo inteiro pode ser adicionado à alimentação do bebê após os 12 meses, até 2 vezes por semana. O ovo deve ser utilizado como substituto da carne ou do peixe.

Embora nesta idade os bebês ainda não tenham os dentes molares eles já mastigam os alimentos com a gengiva, podendo dar-se alimentos mais duros para massajar as gengivas mas é importante ter cuidado quando os alimentos se dissolvem para que o bebê não se engasgue.

Ao cumprir seu primeiro ano, o bebê começa uma nova etapa na alimentação. Pouco a pouco, vai-se introduzindo alimentos com uma textura mais grossa, para que ela vá se acostumando a comer alimentos cortados em pedaços.

Uma boa solução é dar-lhe alimentos que possam ser amassados com um garfo. Tudo dependerá da criança e da sua rapidez no aprendizado da mastigação. O importante é que aos 18-24 meses a criança já coma alimentos em pedaços.

Também se deve introduzir pouco a pouco, bolachas, iogurte natural,queijo, etc., para que a criança pegue o hábito as comidas da família.
Os potinhos (industrializados) são recomendáveis mas apenas para os casos excepcionais com viagens, comidas rápidas, etc.

Nesta idade, as necessidades nutricionais variam dependendo do seu desenvolvimento (o peso e as medidas) e também do grau de atividade (se são tranquilos, ativos, hiperativos, etc.).

Introduzir mudança na alimentação. Passar do prato único para uma comida mais completa e composta por verduras, purês, sopinhas e incluir carne, pescado, ovo e é claro, a sobremesa no final.

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE PRÉ-ESCOLAR

A fase pré-escolar, entre dois anos e sete anos incompletos, caracteriza-se por estabilização do crescimento estrutural e do ganho de peso. Assim, nessa etapa do desenvolvimento infantil, há uma menor necessidade de ingestão energética quando comparada ao período de zero a dois anos e a fase escolar. A criança desenvolve ainda mais a capacidade de selecionar os alimentos a partir de sabores, cores, experiências sensoriais e texturas, sendo que essas escolhas irão influenciar o padrão alimentar futuro. Nessa faixa etária, as escolhas alimentares da criança sofrem intensas influências dos hábitos alimentares da família. A formação da preferência da criança pode, então, decorrer da observação e imitação dos alimentos escolhidos por familiares ou outras pessoas e crianças que convivem em seu ambiente. As crianças dessa faixa etária podem apresentar uma relutância em consumir alimentos novos prontamente (neofobia). Para que esse comportamento se modifique, é necessário que a criança prove o alimento de oito a dez vezes – em diferentes momentos e diversos tipos de preparação – mesmo que em quantidades mínimas. Somente dessa forma ela conhecerá o sabor do alimento e estabelecerá, assim, seu padrão de aceitação. Importante esclarecer aos pais que recusas são comuns. Dá mais certo estimular o prazer da alimentação sem impor a aceitação, pois quando se utiliza coerção, a chance do alimento ser recusado é maior. Atitudes excessivamente autoritárias ou permissivas dificultam o estabelecimento de um mecanismo saudável para o controle da ingestão alimentar. Durante essa faixa etária, a anemia ferropriva apresenta uma relevante prevalência, assim, é de extrema importância que os cuidadores estejam atentos quanto à suplementação adequada de ferro através da dieta.O Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde adotam os “10 passos” como guia para alimentação saudável para crianças nas fases pré-escolar e escolar:

1. Procure oferecer alimentos de diferentes grupos, distribuindo-os em pelo menos três refeições e dois lanches por dia.

2. Inclua diariamente alimentos como cereais (arroz, milho), tubérculos (batatas), raízes (mandioca/macaxeira/ aipim), pães e massas, distribuindo esses alimentos nas refeições e lanches ao longo do dia.

3. Procure oferecer diariamente legumes e verduras como parte das refeições da criança. As frutas podem ser distribuídas nas refeições, sobremesas e lanches.

4. Ofereça feijão com arroz todos os dias, ou no mínimo cinco vezes por semana.

5. Ofereça diariamente leite e derivados, como queijo e iogurte, nos lanches, e carnes, aves, peixes ou ovos na refeição principal.

6. Alimentos gordurosos e frituras devem ser evitados; prefira alimentos assados, grelhados ou cozidos.

7. Evite oferecer refrigerantes e sucos industrializados, balas, bombons, biscoitos doces e recheados, salgadinhos e outras guloseimas no dia a dia.

8. Diminua a quantidade de sal na comida.

9. Estimule a criança a beber bastante água e sucos naturais de frutas durante o dia, de preferência nos intervalos das refeições, para manter a hidratação e a saúde do corpo.

10. Incentive a criança a ser ativa e evite que ela passe muitas horas assistindo TV, jogando videogame ou brincando no computador.

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE ESCOLAR

A fase escolar compreende crianças de 7 anos a 10 anos incompletos e é caracterizada por um período de crescimento e demandas nutricionais elevadas. O cardápio das crianças nessa faixa etária já está adaptado às disponibilidades e costumes dietéticos da família. Assim, é importante, reforçar às famílias sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada, pois isso irá refletir na saúde da criança da mesma forma. Nessa fase é comum a criança ter um alto gasto energético devido ao metabolismo que é mais intenso que o do adulto. Além disso, há nessa faixa etária intensa atividade física e mental. Assim, a falta de apetite comum à fase pré–escolar é substituída por um apetite voraz. É comum, nessa idade, também, a diminuição da ingestão de leite e, consequentemente, limitação do suprimento de cálcio. As mães devem estar atentas a fim de compensar a falta de ingestão de leite por meio de outros alimentos ricos em cálcio.

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA

A adolescência é uma fase de crescimento e desenvolvimento do ser humano situada entre a infância e a vida 12 adulta. A definição dessa faixa etária varia conforme diferentes instituições. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a adolescência é o período dos 12 aos 18 anos, já para a OMS e para o Ministério da Saúde, está entre 10 anos e 20 anos incompletos. Dotada de peculiaridades, tanto físicas (com o crescimento em estatura, a maturação sexual, o estabelecimento de caracteres sexuais secundários e as mudanças na estrutura corporal, os quais compõem a puberdade) quanto sociais e emocionais, a adolescência deve ser alvo de cuidadosas interferências, seja no sentido do relacionamento interpessoal, do ensino nas escolas, da educação por parte dos pais, seja nos cuidados com sua saúde. Dentro deste delicado contexto também se inserem os cuidados com a nutrição e a alimenta- ção. As orientações alimentares ao adolescente devem diferir daquelas realizadas às crianças mais novas e aos adultos. Mesmo o cálculo das necessidades calóricas para esta fase é mais complexo, uma vez que existem diferenças conforme o estágio pubertário do indivíduo, resultando em diferentes fórmulas para se obter as necessidades, defendidas por diferentes autores. Recommended Dietary Allowances (RDA) de 1989 propõem o cálculo por unidade (centímetro) de estatura. Já a FAO/WHO/UNO sugere que somem-se a taxa metabólica basal (TMB) e fatores de crescimento e de atividade física.

Pirâmide Alimentar

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) fez uma adaptação da Pirâmide Alimentar para atender as necessidades nutricionais de crianças e adolescentes, visando promover a saúde e o bem-estar.

Os grupos alimentares são os mesmos da pirâmide original para adultos e apenas as porções foram adaptadas para atender as necessidades específicas de cada faixa etária:

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Alimentos para Anemia Ferropriva

Alimentos indicados
 
·        Carnes vermelhas (avestruz, vaca, boi), e vísceras, principalmente o fígado, diariamente nas refeições.
·         Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, soja;
·         Beterraba, vegetais verde-escuros, como: couve, brócolis, almeirão;
·         Alimentos ricos em Vitamina C
.         Alimentos enriquecidos com ferro.
 Recomendações nutricionais na anemia
 
·        Comer devagar e mastigar bem os alimentos;
·         Fracionar as refeições em 5 a 6 refeições por dia;
·         Ingerir sempre um alimento fonte de vitamina C durante as refeições, como: laranja, limão, acerola, mexerica;
·        Evitar o consumo de chás e café durante as refeições, pois possuem substâncias que inibem a absorção do ferro;
·        Alimentos fontes de Cálcio (leite, iogurte, queijo, pudim, arroz doce) também interferem na absorção de ferro, portanto devem ser evitados durante as refeições principais;
·         Evitar enlatados.

Cuidados com o Colesterol

Guia alimentar para a saúde do seu coração

Uma alimentação com menos gordura, colesterol e também calorias é a primeira atitude para ter um coração saudável.

Orientações para uma dieta saudável:

• Coma menos alimentos gordurosos

• Reduza o consumo de gordura para aproximadamente 30% do total de calorias consumidas diariamente

• Substitua a gordura saturada pela insaturada, limitando a gordura saturada em 8 a 10% do total de calorias diárias

• Reduza a ingestão de colesterol para 200mg diários, no máximo

• Escolha alimentos ricos em fibras, preferencialmente os carboidratos complexos

• Evite o consumo de bebidas alcoólicas

Na hora de escolher alimentos menos gordurosos, faça as seguintes perguntas:

• A gordura é o principal ingrediente do produto? Observe o rótulo dos produtos. Evite aqueles com quantidades elevadas de gordura saturada e colesterol como ovos, banha animal ou vegetal, queijos, miúdos e manteiga.

• Existe mais de um ingrediente gorduroso no produto? Ao ler o rótulo, se você perceber que existe uma variedade de ingredientes muito gordurosos, o produto também será bastante gorduroso.

• O tamanho da porção é apropriado? Quando você for considerar o índice de gordura, certifique-se de que esse índice é relativo ao tamanho da porção que você irá consumir.

Comendo fora

Quando for comer fora, tenha o mesmo cuidado que você toma ao preparar suas próprias refeições.

Observe os ingredientes:

Saladas
Use molhos à base de óleo vegetal e vinagre.
Massas
Escolha molhos de tomate. Evite carnes gordas, salsichas, molhos branco e à base de queijo
Pães
Use manteiga de boa qualidade em pequena quantidade
 

Pizza
Prefira as de vegetais ao invés das de muzzarela, calabreza ou catupiry

 

Aves
Aves somente cozidas ou grelhadas, e com a pele previamente retirada
 

Batata
Evite coberturas ou recheios com muita manteiga e requeijão

 

 

Carnes Magras
Peça para que a gordura aparente seja retirada antes do preparo

 

Vegetais
Consuma à vontade, crus ou cozidos
 

Hamburger
Evite molhos à base de queijo ou maionese – substitua-os por alface ou tomate

 

Sobremesas
Frutas frescas da época são ótimas opções
 

Peixes
Escolha filés cozidos ou ensopados

 

Leite e derivados
Use leite desnatado, queijo branco, magro ou cottage

Seu corpo necessita de nutrientes que só uma variedade de alimentos de diferentes grupos pode proporcionar. Após determinar a dieta com o seu médico, adapte o número e o tamanho das porções para alcançar e manter um peso saudável.

Alimentos Escolha Cuidado Evite 
Carne, aves, peixes e crustáceos até 6 porções de 30 g por dia Cortes de carne magra aparada, aves, peru sem pele, peixes Crustáceos Cortes de carne gorda, ganso, pato, fígado, rim, salsicha, lingüiça, bacon, lanches rápidos, “hot-dogs”
Laticínios
3 ou mais porções por dia
Leite desnatado com 1% de gordura, iogurte desnatado, queijo branco magro, ricota, “cottage” Leite tipo B e C, iogurte, queijos rotulados como light ou diet, “cream- cheese light” e coalhada “light” Leite integral, produtos que imitem iogurte batido integral, queijos amarelos e cremosos (tipo prato, provolone, requeijão).
Ovos Claras de ovos e substitutos livres de colesterol Gema de ovo (3 – 4 unidades por semana) Alimentos que contenham ovos na sua composição
Gorduras e óleos
(aproximadamente 2 colheres de sopa por dia)
Milho, oliva, canola, girassol, soja e halvarinas (veja o rótulo) Nozes, sementes, abacate, azeitonas, óleo de amendoim Gordura saturada, manteiga, gordura de bacon, côco, óleos de palma e chocolates
Pães, cereais, massas e leguminosas (6 ou mais porções por dia) A maioria dos pães, biscoitos de água e sal, cereais quentes e frios (farelo de aveia), qualquer cereal integral, lentilha, grão de bico, soja, ervilhas secas, feijões, espaguete, talharim e batatas cozidas simples Biscoitos recheados, doces confeitados e caseiros, bolos e produtos prontos Croissant, pães doces, roscas com frutas, cereais de granola feitos com óleos saturados (veja o rótulo), massas com ovos, macarrão e arroz na manteiga e molho branco, batatas na manteiga.
Frutas e vegetais
(6 ou mais porções por dia)
Frutas e vegetais frescos Frutas em calda Côco, vegetais preparados na manteiga, creme ou molho
Diversos (em quantidades bem limitadas) Picolés de frutas, iogurte gelado com baixo teor calórico (“frozen iogurte”), barras de cereais, geléia de baixa caloria, pipoca, suco de frutas Sorvetes cremosos, biscoitos recheados e caseiros, tortas preparadas com óleos não saturados Doces, chocolates, batatas fritas, tortas e bolos prontos, milk-shakes, balas, refrigerantes